Os
alunos do 9º ano A produziram artigos de opinião sobre a vigilância dos pais,
após uma extensa sequência didática, que incluía a leitura de textos sobre o
assunto e também a compreensão do gênero artigo de opinião, assim como sua
estrutura. Leia abaixo um dos melhores textos produzidos:
VIGIAR:
BOM OU RUIM?
Por
Carolina Lopes Worel
Muitos pais vigiam os filhos em excesso. 0,8% dos alunos do 9ºA se
sentem muito vigiados pelos pais, sendo que 45% dos alunos, desta mesma sala,
acham que os pais deveriam mudar a maneira de vigiar.
Os
pais não fazem por mal, só querem que os filhos não cometam os mesmos erros
deles. Muitos pais são “moderados”, eles dão liberdade, levam e trazem das festas,
seguem em redes sociais... Bom, “soltam as rédeas”, mas não totalmente. Assim,
o adolescente não se sente vigiado e nem preso em casa.
Muitos filmes, livros, novelas mostram que os pais vigam em excesso.
Como no filme e livro “Harry Potter”: os pais do garoto são mortos e ele é
criado pelos tios como empregado, sendo maltratado, sem ter nem roupas para
vestir. Chega até ele ser trancado no quarto com grades nas portas e nas
janelas.
Se
você tivesse que criar outra criança como seu filho, você a trataria bem?
Vigiaria em excesso ou não? Concordo que não pode deixar tudo solto, e a
criança se cuidar sozinha, mas você acha certo como vigia o seu filho/filha?
Como o mundo está hoje é mais fácil ou mais difícil criar um filho? Pense
nisso, pois você é responsável por ele.
Os
adolescentes se sentem vigiados pelos pais, que não percebem isso. Dentro de
uma única sala, quase a metade não gosta de como os pais os vigiam. Mas, os
filhos têm que se colocar no lugar dos pais, que não fazem por mal, só querem o
seu bem. Como diz Içami Tiba, no seu
texto “Big Brother - a favor”: “A questão do controle dos pais sobre os filhos
sempre é controversa, mas é necessário deixar claro que o responsável pelos
limites que os adultos estabelecem para a sua autonomia é o próprio
adolescente”.